Rogerio Oliveira

Rogério Francisco Correia de Oliveira, esse é o nome de um grande homem,
que contribuiu de forma magnífica para o bem da humanidade, muito mais no que tange ao entendimento e convívio com o diabetes.
Rogério como ele mesmo disse, teve o seu diagnóstico muito precocemente
na infância, salvo engano aos dois anos de idade, época em que a insulina
havia sido recém-descoberta.

Desta forma, o diagnóstico era praticamente uma sentença de morte em curto espaço de tempo, ou de uma vida de grandes sofrimentos. Mas ele era inquieto e questionador, buscou saber o quanto seria valioso tentar manter o melhor tratamento possível para o seu diabetes. Cursou medicina, tornou-se endocrinologista, empenhou-se com garra e ativamente em causas acerca do Diabetes, de quebrar paradigmas, de educar e motivar as pessoas; falava com orgulho sobre o Diabetes e de ser “Diabético”. Criou as primeiras colônias de férias para “Diabéticos”, em Petrópolis, multiplicando conhecimento e capacitando jovens a transmitir uma imagem mais positiva do Diabetes. Fazia reuniões com seus clientes jovens, em situações de vida real; era comum vê-lo com grupos de jovens com Diabetes, sentados em alguma mesa de bar, restaurante ou casa de amigos, conversando descontraidamente e aprendendo, na prática, o convívio com Diabetes. Foi meu parceiro de tênis por muitos anos e era bastante divertido vê-lo caçoar dos outros, dizendo: – “saudações diabéticas” , ou , -“vocês vão perder para os diabéticos”….Escreveu (até onde eu saiba), 4 livros: Diabetes Dia a Dia O Doce Amargo da Vida Eu e a Diabetes Sexo e saúde. Não tenho dados precisos sobre seu currículo ou locais de trabalho, tenho melhor do que isso, a imagem forte de um homem corajoso, que desbravou caminhos nunca antes caminhados e trouxe consigo uma legião de seguidores, embaixadores motivados e motivacionais para a causa do Diabetes, não como doença debilitante, mas como condição possivelmente motivadora. Rogério Oliveira foi e é o meu grande guru, meu mestre, meu médico, meu guia, meu amigo, meu doce parceiro de tênis. Lembranças que não se apagam. Saudades do meu médico-amigo.
Escrito por Edson Perrotti